B

 





A cabeça do canalha rascunha criaturas que o assombram – você escutou? – o olho puxado igual uma boceta quase abriu todo. O japonês arrastava o filho pelo meio da rua e ia falando isso porque queria mostrar ao menino que não tem problema nenhum ir pra discoteque, ver criança pelada, dançar, zoar a mente. O menino aos berros reagiu num solavanco: “Se eu pudesse rezar para sumir eu sumia!” Ahhh... Para com isso! – disse o homem empurrando a porta, a barulheira sacudindo a calçada. Tóquio. Flores. Chuva. Quando chegaram em casa o moleque estava feliz. “Filho, gostou?” – Gostei muito! – o menino enfia o pauzinho no macarrão. Fazia sacanagem com a comida. “É impossível ter liberdade e o fantasma no mesmo corpo quando apenas um pode ficar à toa!” – o barrigudo filosofava e ria. O nome dele era Honda e chupando a última gota de saquê pensava observando o moleque ligando o joguinho e levando um raio logo de primeira. “”Ah, caralho!” – o menino explode.

Não há problema nenhum em ficar irritado quando todo mundo à sua volta é um bando de filho da puta!” Tirar B na prova também é bom – no caminho para o quarto Honda enfia os pés nos fios e tira aquela porra toda da tomada.



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