...DEITEI NO COLCHÃO DE NOVO
Eu pensei em ir pra guerra. Qualquer guerra, qualquer uma.
Agora vou ser homem e nunca mais mulher nenhuma vai dizer, nem em Niterói nem em Las Vegas:
“Você não é de porra nenhuma!”
Oh, felicidade! – pensar assim.
Mas quando me olhei no espelho
Segurando a garrafa de pinga
Me achei parecido com a bruxa do Mágico de Oz
E por isso
Deitei no colchão de novo.
Preocupado em pôr sal no ovo cozido
e fervendo – longe de mim.
Desmontando a única bomba que importa
Que ainda caindo
Ajuda o homem a ter coragem
E se esquecer que está morrendo.
E ainda assim, mesmo não ligando
De ir para o inferno, na solidão total
Lutei contra a gema escorrendo do pão
Até cair no coturno nunca usado
Em briga nenhuma.
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