A 3a DIMENSÃO

 



Eu não preciso de coisa 

…nenhuma

Eu só preciso dormir.


    Wagner, eu disse, eis a descoberta! É real, Anton Bruckner! É real ó bebê Mahler, nascendo, agora, em Viena! Minha estrela preta! Se atente! O destino é um traço reto. O espírito relaxado faz a matéria mais feliz. As pedras, depois de amanhã, começarão a cantar. E não precisaremos de mais nada.

    A possibilidade fundamental onde Deus põe desorientadas cópias ou minúsculas imagens e semelhanças de seu código operacional dentro de nossas cabeças é muito provável. Muito, muito, muito. Colocou em cada coisa uma cópia de si mesmo para automaticamente controlar e executar seja lá o que quer que aconteça – entrelaçando-se à ordem geral de uma idea do que ele (e mais nada) entende sobre o que é eterno; e o resto (que não transborda fora de seu universo sem fronteiras) que se foda. Colmeia. Abelha Mãe. Matrix. Céu. Rabo gostoso. Piroca inchada – escolhe aí. O que Deus inicia em um tempo que não é mensurável (men...suuuaa..ve... hum, falou igual veado!) acontece em cada ato e movimenta-se em um efeito dominó. Cavalgada das Valquírias. O som de bezerrinhos. Corta.

    Imagine a sua mãe chupando a piroca do seu pai enquanto fantasia que o melhor amigo dele está lascando uns beijinhos nela em um cinema sujo (Berlim que nada! Num mercadão aí!), minutos antes de você nascer. Imaginou? Então: a evolução de toda espécie ocorre precisamente aglutinando este inverso. Eu arrisco; a involução de tudo que existe. Roguemos para que a tecnologia nos incinere e nos redima em bites, mordidas, engolfados na singularidade do fogo. Deus errou mas acredita que sabe o que está fazendo. Pensa que está indo mas está voltando. Quando tudo é uma moeda que gira no ar e nunca se decide se vai dar cara ou chupar o pescoço estropiado e seco desta coroa – a nossa História. Somos menores porque tudo é vida. Pelo menos naquilo que acreditamos.

    Agora, pegue tudo isso, coma um prato de carne de porco com bastante pimenta, tome um copo de cerveja, se masturbe...

    E depois durma. Mas!... Escute:


    “Ó Dorothy!” – brada o leão covarde.


     Nada mudará.








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