AQUI
Feito tubarão sem paz // no nado, movo violento. Ao menor cheiro de gente, a menor gota no ar, assassino compulso, surjo de novo. Medo? Só de doenças tipo hemorroida e cânceres. No mais te faço igual criança, igual puta. Com estilete, faca, punhal, a chave das fendas – este troço que a Bíblia confabula ao invés do caralho. De calabouço o mundo está cheio. Raça humana tão odiada. Tão insatisfeita. Revestida de impropérios. Odeio tanto que quase vaza para mim, este cálice de bosta, de água preta. Água crioula infecta. Besta negra. Besta preta. Sem emaciar-me, odeio tanto, e me desfaço feito poeira cósmica sobrevoando a noite morta deste Auschwitz e suas estrelas – a cópia menos suspeita – da memória eterna // e de nossas almas. Conforta-te no plim plim maluco, no fon fon nhen nhen, pois enforcado serás em tuas tripas, malandro. Até hoje não fui apanhado. Não tem jeito. Aqui pra vocês. E para o amor de Deus. Aqui.
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