VERÃO QUENTÃO
Tão calor. Eu agarrado ao vazo sanitário. Feito de azulejo, feito alguidá de macumba, prato de barro, acalmava o calor. Eu passava a febre do barrigão cirrótico para a pedra. A torneira pingando. Brasil 1. Alemanha Zero. Menti. Batem na porta. Quem poderia ser 11:30 da manhã? Me deu um bolo na garganta. Não acredito... Abro a porta e a mulher sai gritando, gritando e dançando, dançando e rodando! Ela diz: Eu sou sua! – Notei a mancharia vermelha e seca pelo rosto e os cabelos! É sangue... isso aí?... Minha? Sou! Eu sou sua! Seremos dois! Hoje? Eu perguntei. Ela foi mais sincera. Hoje e sempre! Porque matei o meu filho! Sem criança se trepa melhor! – ela disse. Amém. – Eu respondi. Vomitando, mas feliz.
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